Desde a nossa aparição evolutiva na Terra, a nossa forma de viver mudou drasticamente nas últimas centenas de anos e criticamente nas últimas décadas.

A integração da ideia de sustentabilidade na linguagem e preocupações comuns reflete os dramáticos desafios com que lidamos no nosso tempo, mesmo que o inabalável curso do progresso não o demonstre. A necessidade da sustentabilidade como crivo das nossas ações e decisões parece revelar a base instável em que o movimento civilizacional se funda.

Atualmente, imaginamo-nos como seres destacados da Natureza, à beira da sobrenaturalidade pelas nossas capacidades simbólicas, animais mas racionais, abençoados com o poder da ciência e da tecnologia e coroados com o dom da autoconsciência. Mas esse consenso sobre quem somos é em grande medida um resultado das nossas condições de vida modernas, mergulhados que a maioria de nós está no espaço das coisas exclusivamente humanas – ocupando muito espaço mas sem sentido da profundidade do tempo.

Ao invés, a característica mais proeminente do humano é muito mais o estado de interdependência com o mundo natural, do que o nosso intelecto ou reflexividade. Ou seja, a nossa experiência íntima de ser, a nossa identidade, é não só um resultado da nossa história pessoal e cultural mas sobretudo do nosso percurso evolutivo e da relação que estabelecemos com outros seres durante milhares de anos, mesmo que agora a consideremos obsoleta. Da mesma forma, presentemente a nossa existência é dependente de uma miríade de processos naturais que não controlamos.

A sustentabilidade como preocupação com a integridade do mundo natural, reflete assim um choque entre o movimento civilizacional e a nossa própria identidade natural e ancestralidade cultural.

A condição contemporânea

Nas últimas centenas de anos e particularmente nas últimas décadas, a nossa espécie alterou radicalmente a forma de viver, perturbando dramaticamente os sistemas ecológicos de que dependemos. Atualmente a humanidade precisaria em média de 1.8 Terras para que a biocapacidade do planeta fosse equilibrada relativamente ao que globalmente consumimos e Portugal precisaria de 3.5 territórios e 2.9 Terras para sustentar o nosso estilo de vida [1].

As nossas actividades são de tal forma disruptivas das funções naturais da Terra que a capacidade dos ecossistemas em sustentar as gerações futuras já não pode ser dada como garantida[2] .

Se em parte isto se deve ao facto de sermos quase 8 mil milhões de humanos, a nossa crise atual deve-se em grande medida ao estilo de vida da civilização contemporânea, com os seus ciclos de consumo e obsolescência em constante aceleração – e com uma espantosa desigualdade: em 2015 os 10% mais ricos foram responsáveis por 49% das emissões de gases de efeito estufa enquanto os 50% mais pobres produziram 7% [3] – dos poucos milhares de humanos no paleolítico [4] até aos 10 mil milhões que se projetam existir em 2050 é a pobreza é o motor do aumento da população, num ciclo vicioso em que a pobreza causa aumento de população que aumenta a pobreza [5].

A crise ecológica e ambiental que agora vivemos é apenas ainda o estrondo do choque entre a nossa concepção do mundo com a realidade: a noção de que a Natureza é um território externo à nossa existência, apesar de ser uma ideia basilar para a civilização contemporânea, não é compatível com uma permanência prolongada no planeta.

Greenwashing

A sustentabilidade como palavra de ordem generalizada, reflecte uma preocupação com os efeitos dos últimos 250 anos de industrialização [6] e com os sinais que indicam que estamos próximos de um colapso ecológico [7].

No entanto, apesar da sua popularidade, o termo pode ser enganadoramente ambíguo, principalmente porque é recorrentemente utilizado de forma falaciosa (40% das empresas dedicam-se ao exagero ou à desinformação sobre o carácter ecológico ou sustentável dos seus produtos [8]) e assim frequentemente empregue como disfarce eufemístico para manter o ímpeto do consumo.

Por exemplo, só 16% dos desperdícios de plástico são reciclados e reprocessados para fazer novos plásticos, sendo que a maioria vai para aterros ou para incineração.[9] O tranquilizador símbolo da reciclagem, que existe em praticamente todos os produtos deste material, surgiu enquanto pura ferramenta de marketing e apenas para mudar a imagem do plástico e permitir a continuação da sua comercialização pela indústria do petróleo. [10] Para além disso, o conceito de reciclagem de plástico é à partida insustentável, no sentido em que o mesmo pedaço de plástico só pode ser reciclado 2 a 3 vezes (ponto a partir do qual a sua qualidade já não o permite).[11] Não obstante, o processo de separação de resíduos continua a ser importante, nem que seja para conter a enormidade produzida todos os anos (380 milhões de toneladas [12]).

No verdadeiro sentido, o conceito de sustentabilidade refere-se à capacidade de existir por um período de tempo indefinido. É um processo que procura que as necessidades da atual geração sejam satisfeitas sem isso pôr em causa as necessidades das gerações futuras.
A ideia de sustentabilidade implica assim uma interligação íntima entre as sociedades humanas, a economia e o ambiente natural. [13]

Um dos modelos mais recentes de sustentabilidade traduz a ideia num diagrama em que o Ambiente é visto como a base, com a sociedade e a economia aninhadas dentro da Natureza.
Apesar de normalmente se assumir que a sociedade e a economia são universos auto suficientes, desligados do mundo mais do que humano, na verdade: “todos os sistemas económicos são subsistemas que vivem dentro do grande sistema biofísico de interdependência ecológica”. [14]

No entanto, na economia linear que atualmente rege as nossas sociedades, os recursos naturais que são transformados em produtos de consumo estão destinados a tornarem-se desperdícios pela forma como foram desenhados e fabricados, sendo que todos os anos o mundo gera 2.12 mil milhões de toneladas de resíduos [15] – o que em muito se deve ao facto de que 99% das coisas que compramos serem mandadas fora ao final de 6 meses. [16]

Criança sentada entre cabos e desperdício electrónico. China © Greenpeace / Natalie Behring

A Natureza não cria desperdícios, porque tudo está ligado numa relação cooperativa e simbiótica (o que não é utilizado num determinado processo é o que alimenta outro), mas
“a actual sociedade linear do descartável é o oposto da sustentabilidade: os recursos são extraídos, transportados, fabricados, vendidos, usados e rejeitados, cometendo-se ecocídio em quase todos os passos do processo”. [17]

O desperdício é uma invenção humana, mas a ilusão de que podemos existir fora da Natureza é relativamente recente na nossa história evolutiva.

Civilização e Desflorestação

Desde que a humanidade transitou da existência em pequenos bandos de caçadores-coletores no Paleolítico, com a invenção da agricultura há cerca de 10000 anos no Neolítico, que a nossa relação com a Natureza se começou a transformar radicalmente.

O desequilíbrio ecológico que agora vivemos não é algo novo, mas remonta às sociedades pré-industriais – por exemplo, a desflorestação era já um problema para as repúblicas gregas e romanas [18] , existindo evidências que já no Neolítico ocorreram transformações substanciais na paisagem como resultado da desmatação e desflorestação para o cultivo agrícola [19].

Em Portugal, a expansão marítima do séc. XV ao séc. XVI (que fez florescer a construção naval ao longo do litoral Portugês) teve consequências desastrosas para a nossa floresta, mais tarde agudizadas pelo crescimento demográfico e extrema pobreza da população. [20]

Mas é no séc. XVIII, com a Revolução Industrial, que a sociedade de consumo toma proporções globais, começando a nascer um discurso ou reconhecimento da insustentabilidade desse crescimento e industrialização. É nessa altura, que se inicia um movimento de privatização de terras e um “fechamento” de florestas e espaços tradicionalmente geridos de forma comunitária. Essa ideia de crescimento que levou à devastação das florestas na Europa, prosseguiu finalmente sob forma de “civilização” na captura e exploração dos novos mundos coloniais. [21]6

A desflorestação, a bem do progresso, teve consequências incríveis, alterando dramaticamente o mundo em muito pouco tempo. Por exemplo: Há 2000 anos, 80% da Europa Ocidental era florestada, enquanto hoje apenas 34% permanece; na América do Norte metade das florestas na sua região oriental foram cortadas entre os séc. XVII e XIX para conversão em madeira e agricultura; nos últimos 4000 anos a China perdeu grande parte das suas florestas e agora só 20% é floresta. [22]

Gado a pastar em terra queimada e desflorestada. Brasil, 2020 – Andre-Penner/AP

Apesar das florestas e dos ecossistemas saudáveis serem cruciais para a existência de vida na terra e para a sobrevivência e bem estar humano [23] , o movimento civilizacional continua na sua progressão de captura dos territórios naturais, literalmente, como se não houvesse amanhã.

Progresso e Decadência

Com o avançar da civilização e do progresso, o mundo natural foi sendo esvaziado dos seus poderes e qualidades mágicas e sagradas (que ancestralmente sempre fizeram parte das culturas humanas), engendrando a crença de que a Natureza é um território inerte e sem alma. A Natureza passou de ser um parente, uma figura pervasiva de reverência e espiritualidade, para um objecto de análise racional, um território exterior a saque de recursos para nosso usufruto, que nada sentiria nem teria qualquer tipo de direitos inerentes. E apesar dos inúmeros sinais de insustentabilidade do movimento civilizacional, a ideia de que o progresso e a industrialização foram os motores da felicidade humana, da nossa riqueza e produtividade, e que levaram à concretização do nosso potencial como espécie, continua como base da história triunfalista da modernidade [24].

Por exemplo, um dos pressupostos do funcionamento da nossa sociedade industrial é a da necessidade e naturalidade do crescimento económico contínuo. Mas um sistema económico orientado para um crescimento ilimitado não pode ser sustentado num planeta com recursos finitos, simplesmente porque isso está em absoluta discordância com os processos biofísicos do planeta.

Não obstante a separação da Natureza que o progresso nos impôs, as nossas vidas estão ainda inextricavelmente ligadas à Terra e a nossa existência é ainda dependente de uma miríade de relações com outros seres e entidades.

Somos parte da Natureza

Alguns factos desafiam a ideia de quem somos e da relação que temos com o mundo mais que humano:


A nossa saúde mental e física está dependente da relação com o mundo natural

Emergimos como espécie no paleolítico a encenar, sonhar e a pensar os outros animais e foi a relação com esses seres selvagens que fez surgir a mente e consciência humana [25]. As tecnologias que agora estendem os nossos poderes intelectuais, descendem e derivam de uma milenar imersão na Natureza: grutas, montanhas, rios, florestas e animais eram o corpo da nossa arte e do nosso pensamento tal como as palavras escritas e redes digitais agora encarnam a cultura contemporânea. [26]

Mas apesar de presentemente estarmos submersos em coisas e realidades de fabrico humano, o nosso bem-estar e saúde mental está ainda dependente da relação com a Natureza. De facto, inúmeros estudos convergem na demonstração que a exposição a ambientes e elementos naturais é fundamental para o bem estar psicológico e que ambientes artificiais subtraídos de Natureza representam um risco acrescido para a saúde mental e física [27].

Na verdade, a nossa forma moderna de viver, no seu absoluto contraste com a nossa história evolutiva, representa uma ameaça para a nossa mente.[28] Por exemplo, a falta de Natureza na vida das crianças está relacionada com transtornos no desenvolvimento, como a obesidade, déficit de atenção ou depressão, cada vez mais comuns; teremos agora que assumir que “o desenvolvimento saudável das crianças implica comida nutritiva, sono adequado e contacto com a Natureza” [29].


90% do nosso corpo é composto de organismos não humanos

Fazemos parte de um complexo ecossistema de entidades e seres visíveis de que dependemos para existirmos e sermos saudáveis, mas o nosso corpo é também formado por seres “invisíveis” sem os quais não seríamos nem humanos nem saudáveis. Ao contrário da nossa crença comum, os limites que nos definem e distinguem dos restantes seres são porosos e paradoxais.
Cada um de nós é um superorganismo: um colectivo de espécies, que cooperam para manter o nosso corpo; as nossas células, apesar de muito maiores em volume e peso, são excedidos em número em 10 para 1 pelas células dos micróbios que vivem em e dentro de nós [30] essenciais para a nossa saúde física [31] e mental [32].

Colocando isto em perspectiva: o ADN humano é composto por 26.000 genes (as unidades básicas da hereditariedade) e a planta do arroz é composta por 46.000 genes; o que é algo aparentemente estranho dado que parecemos muito mais complexos e sofisticados do que a planta do arroz; no entanto, quando adicionamos os genes das bactérias que vivem no nosso corpo (que não são humanas mas de que precisamos para ser humanos) passamos a ter 100.000 genes. [33]

A terra, o solo que alberga uma pletora desses microorganismos e onde crescem florestas, frutos, legumes e pastos, não é uma coisa exterior à nossa existência, nem ao nosso bem estar.


O nosso corpo e mente estendem-se no solo

Se a adopção da agricultura foi um movimento com colossais repercussões, a introdução de fertilizantes no séc. XX transformou por completo o planeta.

O processo de síntese de fertilizantes foi descoberto por Fritz Haber que apesar de galardoado com um prémio Nobel ficou também conhecido como “pai da guerra química” (pelo seu trabalho na criação de armamento durante a Primeira Guerra Mundial) e essa dualidade na sua origem parece refletir-se nos efeitos da invenção.

Estima-se que atualmente ⅔ da produção global de comida utilize esse mesmo processo [34] e que os fertilizantes artificiais alimentem cerca de metade da população mundial. É laureada como uma das maiores invenções de sempre, mas teve e tem consequências desastrosas: emissões de óxido nitroso (um gás de efeito estufa, 250 a 300 vezes mais poderoso que o dióxido de carbono), contaminação de águas subterrâneas, eutrofização de águas superficiais (principal causa da degradação de muitos ecossistemas marinhos costeiros e de água doce) [35].

Por outro lado, o solo está de tal forma empobrecido e alterado pela utilização de fertilizantes, antibióticos e pesticidas que “temos agora que comer 8 laranjas para termos a mesma quantidade de vitamina A que os nossos avós tinham com uma única laranja, porque o esgotamento do solo causou um descida massiva nos nutrientes presentes na nossa comida” [36].

O solo, no entanto, não é simplesmente uma entidade externa à nossa existência, que apenas serve de substrato mecânico de produção de alimentos.

Existe uma relação íntima entre a biodiversidade do solo e o microbioma intestinal humano, havendo semelhanças funcionais entre o nosso intestino e a rizosfera (região onde o solo e as raízes das plantas entram em contacto, albergando um complexo ecossistema e uma correspondente multitude de microorganismos). No entanto, a redução de biodiversidade do solo causada pela industrialização (em conjunto com a perda de contacto com ambientes naturais, o aumento da higienização e o uso de antibióticos, pesticidas e hormonas) empobreceram a riqueza da microbiota intestinal com largos efeitos adversos para a saúde humana. [37]

O crescimento de doenças inflamatórias crónicas nas sociedades ocidentais (tais como doenças inflamatórias intestinais, diabetes, obesidade, alergias ou asma) é de tal forma significativo que “a perda de biodiversidade do solo é uma clara ameaça para a saúde pública”; [38] sendo que as doenças mentais como a ansiedade e a depressão, prevalentes da sociedade atual, têm uma relação direta com um desequilíbrio da saúde intestinal [39].

Para além de produzir biomassa, suportar a biodiversidade do planeta ou providenciar água potável [40] , o solo é uma parte integrante da nossa identidade e de quem somos individualmente. Os nossos limites não terminam no nosso corpo mas estendem-se pelo corpo da Natureza.

O futuro da sustentabilidade

Apesar de agora a maior parte dos humanos viver em ambientes quase desprovidos de Natureza, a inseparabilidade da nossa existência da Terra é incontornável, mesmo que para a maioria de nós as coisas selvagens sejam de um passado longínquo e obsoleto – dependentes que agora estamos do conforto e sofisticação que o presente trouxe (pelo menos para o chamado mundo “desenvolvido”). O progresso civilizacional que tanto estimamos é simultaneamente o que nos aproxima velozmente de um futuro muito pouco promissor, comprovadamente insustentável.

A maioria do tempo que estivemos no planeta vivemos em relativa harmonia com o mundo natural e uns com os outros e foi nessas condições que as nossas mentes e culturas evoluíram: se a nossa era é caracterizada principalmente pelo desespero e pela ansiedade relativamente ao futuro, é esse passado que consideramos selvagem e inóspito (a nossa história cultural) que nos oferece as soluções mais promissoras. [41]







[1] How may earths? How many countries? Earth Overshoot Day
https://www.overshootday.org/how-many-earths-or-countries-do-we-need

[2] Millennium Assessment https://www.millenniumassessment.org/en/About.html

[3] Horton (2022). ‘Carbon footprint gap’ between rich and poor expanding, study finds. The Guardian https://www.theguardian.com/environment/2022/feb/04/carbon-footprint-gap-between-rich-poor-expanding-study

[4] Bocquet-Appel, Demars, Noiret & Dobrowsky (2005). Estimates of Upper Palaeolithic meta-population size in Europe from archaeological data. Journal of Archaeological Science, Volume 32, Issue 11, Pages 1656-1668

[5] Meadows (1986). Poverty Causes Population Growth Causes Poverty. The Donella Meadows Project https://donellameadows.org/archives/poverty-causes-population-growth-causes-poverty/

[6] Caradonna (2014). Sustainability: A History. New York: Oxford University Press

[7] Carrington (2020). Fifth of countries at risk of ecosystem collapse, analysis finds. The Guardian
https://www.theguardian.com/environment/2020/oct/12/fifth-of-nations-at-risk-of-ecosystem-collapse-analysis-finds

[8] Rego (2022). “Greenwashing”: a sombra que paira sobre as práticas ESG. EY
https://www.ey.com/pt_pt/climate-change-sustainability-services/greenwashing-a-sombra-que-paira-sobre-as-praticas-esg

[9] Hundertmark, McNally, Simons & Vanthournout (2018). No time to waste: What plastics recycling could offer. McKinsey & Company https://www.mckinsey.com/industries/chemicals/our-insights/no-time-to-waste-what-plastics-recycling-could-offer

[10] Writers (2020). Recycling was a lie — a big lie — to sell more plastic, industry experts say. CBC Documentaries https://www.cbc.ca/documentaries/the-passionate-eye/recycling-was-a-lie-a-big-lie-to-sell-more-plastic-industry-experts-say-1.5735618

[11] Writers(2018). 7 Things You Didn’t Know About Plastic (and Recycling). National Geographic https://blog.nationalgeographic.org/2018/04/04/7-things-you-didnt-know-about-plastic-and-recycling/

[12] The Facts. Plastic Oceans. https://plasticoceans.org/the-facts/

[13] Ver Nota 6

[14] Ver Nota 6

[15] What a Waste 2.0 – A Global Snapshot of Solid Waste Management to 2050. The World Bank https://datatopics.worldbank.org/what-a-waste/trends_in_solid_waste_management.html

[16] Writers (2018). Curb throw-away culture, says UN-Habitat chief, highlighting world day. United Nations https://news.un.org/en/story/2018/10/1021972

[17] Marc (2013). Zero Waste – one of the solutions to Ecocide. Zero Waste Europe
https://zerowasteeurope.eu/2013/07/zero-waste-one-of-the-solutions-to-ecocide/

[18] Ver Nota 6

[19] Aguiar, C.; Pinto, B. (2007). Paleo-história e história antiga das florestas de Portugal continental: até à Idade Média. In Silva, J. Sande Árvores e florestas de Portugal: floresta e sociedade, uma história comum. Lisboa: Jornal Público, Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, Liga para a Protecção da Natureza. p. 15-53. ISBN 978-989-619-104-7

[20] Reboredo & Pais (2012) – A construção naval e a destruição do coberto florestal em Portugal – Do Século XII ao Século XX. Ecologia – Revista online da Sociedade Portuguesa de Ecologia, 4, 31-42

[21] Ver Nota 6

[22] Deforestation. National Geographic https://education.nationalgeographic.org/resource/deforestation/

[23] Karjalainen, Sarjala, Raitio (2010). Promoting human health through forests: overview and major challenges. Environmental Health and Preventive Medicine Jan 15(1):1-8. https://link.springer.com/article/10.1007/s12199-008-0069-2

[24] Ver Nota 6

[25] Shepard (2006). The others: how animals made us humans. Island Press

[26] Ingold (2000). The perception of the environment essays on livelihood, dwelling and skill. London, Routledge

[27] Shukla (2019). Biophilia: Sensory Contact With Nature Can Improve Your Overall Well-being & Mental Health. Cognition Today https://cognitiontoday.com/biophilia-sensory-contact-with-nature-can-improve-your-overall-well-being-mental-health/

[28] Gullone (2000). The Biophilia Hypothesis and Life in the 21st Century: Increasing Mental Health or Increasing Pathology? Journal of Happiness Studies 1(3):293-322

[29] Louv (2010). Last child in the Woods. Atlantic Books.

[30] Collen (2015).10% human : how your body’s microbes hold the key to health and happiness. Harper: New York

[31] Gallagher (2018). More than half your body is not human. BBC https://www.bbc.com/news/health-43674270

[32] Dinan, Stilling, Stanton, Cryan (2015). Collective unconscious: how gut microbes shape human behavior. Journal of Psychiatric Research. April 63:1-9.

[33] Peters (2016). Microbiome: Gut Bugs and You. TEDx Talk https://www.gutmicrobiotaforhealth.com/microbiome-gut-bugs-tedx-talk-warren-peters/

[34] https://en.wikipedia.org/wiki/Fritz_Haber

[35] Chislock, Doster, Zitomer & Wilson (2013). Eutrophication: Causes, Consequences, and Controls in Aquatic Ecosystems. Nature Education Knowledge 4(4):10 https://www.nature.com/scitable/knowledge/library/eutrophication-causes-consequences-and-controls-in-aquatic-102364466/

[36] Entrevista a Esther (2011). Dirt Poor: Have Fruits and Vegetables Become Less Nutritious? Scientific American https://www.scientificamerican.com/article/soil-depletion-and-nutrition-loss/

[37] Blum, Zechmeister-Boltenstern, Keiblinger (2019). Does Soil Contribute to the Human Gut Microbiome? Microorganisms. Aug 23;7(9):287. doi: 10.3390/microorganisms7090287. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6780873/

[38] Tasnim, Abulizi, Pither, Hart, Gibson (2017). Linking the Gut Microbial Ecosystem with the Environment: Does Gut Health Depend on Where We Live? Front Microbiol. Oct 6;8:1935

[39] Clapp, Aurora, Herrera, Bhatia, Wilen, Wakefield (2017). Gut microbiota’s effect on mental health: The gut-brain axis. Clin Pract. Sep 15;7(4):987 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9955777/

[40] Ver Nota 37

[41] Gowdy (2015). Hunter-gatherers and the mythology of the market. The Anarchist Library
https://theanarchistlibrary.org/mirror/j/jg/john-gowdy-hunter-gatherers-and-the-mythology-of-the-market.html

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